Éris

Éris

 

Existem duas versões sobre a família de Éris, a deusa da discórdia.

Hesíodo aponta Éris como filha de Nix, a Noite, e mãe de inúmeros filhos.

Éris pariu ao doloroso Ponos (Pena), a Lete (esquecimento), a Limos (fome), ao choroso Algos (Dor), as Hisminas (Disputas), as Macas (Batalhas), as Fonos (Matanças), as Androctasias (Massacres), os Neikea (ódios), os Pseudologos (Mentiras), as Anfilogias (Ambigüidades), a Disnomia (a Desordem) e a Ate (a Ruína e a Insensatez), todos eles companheiros inseparáveis, e a Orcos (Juramento), ele que mais problemas causa aos homems da terra cada vez que algum perjura voluntariamente.

Homero refere-se a Éris como irmã de Ares e, portanto, filha de Zeus e Hera

"(...) a Discórdia infatigável,

Companheira e irmã do homicida Ares,

Quem a princípio se apresenta timidamente, mas que logo

Anda pela terra enquanto a fronte toca o céu."

A lenda mais famosa referente a Éris relata o seu papel ao provocar a Guerra de Tróia. As deusas Hera , Atena e Afrodite haviam sido convidadas, juntamente com o restante do Olimpo, para o casamento forçado de Peleu e Tétis, que viriam a ser os pais de Aquiles, mas Éris fora desdenhada por conta de seu temperamento controvertido - a discórdia, naturalmente, não era bem-vinda ao casamento. Mesmo assim, compareceu aos festejos e lançou no meio dos presentes o Pomo da Discórdia, uma maçã dourada com a inscrição καλλίστη ("à mais bela"), fazendo com que as deusas discutissem entre si acerca da destinatária. Páris, príncipe de Tróia, foi designado por Zeus para escolher a mais bela. Cada uma das três deusas presentes imediatamente procurou suborná-lo: Hera ofereceu-lhe poder político; Atena, habilidade na batalha; e Afrodite, a mais bela mulher do mundo, Helena, esposa de Menelau e rainha de Esparta. Páris elegeu Afrodite para receber o Pomo, condenando sua cidade, que foi destruída na guerra que se seguiu.